Os ratos são mamíferos que pertencem à ordem dos roedores (Ordem Rodentia) e à família Muridae. A seguir, leia mais sobre estes animais, que, apesar de pequenos, podem causar grandes estragos (e, às vezes, sustos maiores ainda!).
A verdadeira identidade dos ratos
A família Muridae é composta por ratos e camundongos do Velho Mundo, ou seja, dos continentes Europeu, Asiático e Africano. Esta família inclui três espécies muito importantes para nós. Elas foram espalhadas pelo mundo através comércio e pela navegação, e são bastante comuns. Sua importância se dá por dois motivos: estas espécies danificam bens e estoques de alimentos e também podem transmitir várias doenças, como a peste, o tifo e a febre da mordida do rato.
Os chamados murídeos pertencem à Ordem Rodentia, a qual abrange todos os roedores, como o porco-espinho, a capivara, o esquilo, cutias, entre tantos outros. Os representantes desta ordem são geralmente pequenos, possuem garras nas patas e possuem dois pares de dentes incisivos muito afiados. Estes dentes não têm raiz e crescem sem parar durante toda a vida do animal. Por isso, são utilizados para roer as sementes e cascas mais duras, para obter alimento. Mas, e quando os ratos roem caixas de papelão, material feito de plástico, ou qualquer outra coisa muito estranha para ser um alimento?!
Será que os roedores se alimentam de papelão, plástico e coisas assim?! Calma!!!
Justamente porque seus dentes incisivos crescem sem parar é que os roedores também precisam roer sem parar. Então, mesmo que não estejam se alimentando, os roedores roem para gastar o tempo... quer dizer, os dentes!
Os roedores são animais cosmopolitas, ou seja, podem ser encontrados em todos os continentes, em altitudes que vão desde o nível do mar até acima de 5.800 metros no Himalaia! Desde desertos secos até florestas úmidas!
Os roedores compreendem quase 40% de todas as espécies de mamíferos. O tamanho desses animais varia bastante. Podemos encontrar desde camundongos, com apenas 5 cm de comprimento, até a capivara com seus 1,20 m de comprimento! Mas a maioria apresenta por volta de 30 cm de comprimento. A alimentação também varia entre as diferentes espécies. Temos desde espécies onívoras até aquelas que já apresentam uma dieta bem específica. De maneira geral, alimentam-se principalmente de folhas, ramos, sementes e raízes, e alguns também se alimentam de insetos. Servem como fonte de alimento para muitos mamíferos carnívoros, aves e répteis.
As espécies menores são frequentemente abundantes e possuem potencial reprodutivo bem alto, ou seja, produzem um grande número de filhotes. Com esta capacidade reprodutiva impressionante aliada a sua adaptabilidade e capacidade de invadir todos os hábitats terrestres, os roedores são de grande importância ecológica.
A Ordem Rodentia pertence à classe dos mamíferos (Classe Mammalia). Os mamíferos possuem, entre várias outras características, o corpo geralmente coberto por pelos. Também apresentam várias glândulas na pele e membros adaptados para andar, trepar, cavar, nadar ou mesmo voar. Além do mais, apresentam garras, unhas ou cascos, e as fêmeas possuem glândulas mamárias, que secretam leite para alimentar os filhotes.
Para terminar, a Classe Mammalia está incluída no filo dos cordados (Filo Chordata, do grego chorda = cordão). Os cordados apresentam, entre outras características, uma notocorda dorsal, semelhante a um bastonete, presente durante pelo menos uma parte do ciclo de vida do animal. Hein?! Notocorda?! A notocorda é um tipo de bastão alongado, formado por células. Este bastão é envolvido em uma espécie de bainha. Podemos dizer que a notocorda forma o esqueleto primitivo (ou algo parecido com a coluna vertebral) dos embriões dos cordados.
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Tipos de Ratos Como já vimos antes, a ordem Rodentia abrange os roedores. São mais de 3.000 espécies, espalhadas por todo o mundo. A palavra "rato" é aplicada a apenas uma parte dos roedores. De todas as espécies de roedores, apenas três espécies têm grande importância para o ser humano como pragas: a ratazana (Rattus novergicus), o rato-de-telhado (Rattus rattus) e o camundongo (Mus musculus). Duas delas, ou até mesmo as três espécies, podem estar presentes num mesmo local, mas isso não é comum. Geralmente, cada uma delas ocorre numa área. Por estarem bem próximas do homem as três espécies são sinantrópicas. Hmm, mais uma palavra difícil... Dizer que uma espécie é sinantrópica significa que ela convive com o homem, embora muitas vezes contra a sua vontade! Identificar as espécies de ratos é muito importante, pois disso vai depender a escolha correta dos métodos mais apropriados de prevenção e controle. A seguir, veja uma tabela com algumas características morfológicas que podem ser usadas para diferenciar cada uma das três espécies. Vamos dar detalhes sobre cada uma delas logo depois. |
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Como Diferenciar os Tipos de Ratos
Rato-de telhado, ratazana, camundongo?!
Xiii, com essa história de comprimento da cauda, do corpo e da cabeça... Você dá de cara com um rato e, na hora do desespero, vai saber se era uma ratazana, um rato-de-telhado ou um camundongo! Bom, aqui vão mais algumas dicas para tentar identificar seu inimigo...
Orelhas
As orelhas podem ser uma maneira muito prática para o reconhecimento das espécies. No rato-de-telhado e no camundongo, as orelhas são grandes e, se imaginarmos que elas sejam dobradas para a frente, atingiriam a borda dos olhos (às vezes, poderiam até cobri-los parcialmente). No caso da ratazana, se suas orelhas fossem dobradas para a frente, elas não chegariam nunca a atingir a margem dos olhos.
Coloração
A coloração não ajuda muito na identificação das espécies. No rato-de-telhado, por exemplo, a pelagem pode ser negra uniforme (que de fato predomina nessa espécie – ahá!, por isso ele também é chamado de rato preto), mas vai até o castanho avermelhado. A barriga pode ser branca, cinzenta, etc. A ratazana pode ser acinzentada, acastanhada, ter regiões brancas, mas pode até ser negra uniforme.
Fezes
Aqui está uma chance de identificar a espécie de rato sem precisar estar em sua presença! O rato-de-telhado tem fezes finas e terminadas em pontas afiladas. As fezes do camundongo são muito parecidas bastonetes, e são menores que as do rato-de-telhado.. Às vezes são tão pequenas que podem até ser confundidas com fezes de baratas! Já as ratazanas têm fezes grossas e de pontas arredondadas.
Caudas
Bom, como já vimos antes, no rato-de-telhado, a cauda é mais longa que o comprimento do corpo e da cabeça juntos. A ratazana tem cauda com comprimento mais curto que a soma dos comprimentos do corpo e da cabeça.
Narizes
O rato-de-telhado possui nariz afilado, enquanto a ratazana apresenta nariz arredondado.
Olhos
A ratazana apresenta olhos relativamente pequenos, já o rato-de-telhado possui olhos grandes.
Corpos
A ratazana apresenta, geralmente, as formas corporais mais rombudas, arredondadas. Já no rato-de-telhado e no camundongo, as formas e extremidades são mais afiladas.
Dimensões
Uma ratazana adulta mede de 21 a 26 cm de comprimento. Por sua vez, um rato-de-telhado adulto mede de 19 a 22 cm, enquanto o camundongo mede de 6 a 9 cm.
Pés
A ratazana apresenta as chamadas membranas interdigitais. Estas membranas ligam os dedos um ao outro. Por isso podemos dizer que a ratazana tem hábitos semi-aquáticos: ela nada e mergulha muito bem! Os pés do rato-de-telhado e do camundongo não têm membrana interdigital, e por isso essas espécies não são boas nadadoras.
Filhotes
Quando nascem, os filhotes dos ratos não possuem pelos (e agora, com certeza, você se lembrou de alguém dizendo que “coitado é filho de rato, que nasce pelado!”) e seus olhos estão fechados. Eles também não têm unhas e os ouvidos estão tampados. Depois de apenas uma semana de vida, os pelos já cobrem todo o corpo do ratinho e formam-se suas unhas. Mais alguns dias, aparecem as orelhas, os olhos abrem-se e esses filhotes já iniciam seus primeiros movimentos nas proximidades do ninho.
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Camundongo (Mus musculus) Conhecido ainda como ratinho, rato caseiro, etc. O camundongo é o rato de mais fácil identificação. Por causa do seu pequeno tamanho, quase não é confundido com as outras duas espécies. |
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Rato-de-Esgoto (Rattus novergicus) É a ratazana, também conhecida como rato-de-esgoto, rato novérgicus, rato norueguês, entre outras denominações populares Também se diferencia das outras espécies principalmente pela cauda, que é mais curta que o comprimento do corpo e da cabeça juntos. |
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Rato-de-Telhado (Rattus rattus) Conhecido popularmente como rato-de-telhado, rato preto, rato-do-forro, rato-de-navio etc. A principal característica para diferencia-lo das outras espécies é o comprimento da cauda, é mais longo que o corpo e a cabeça juntos. |
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vUm Pouco Mais Sobre a Vida dos Ratos: Os ratos em geral, têm hábitos noturnos. Eles só saem à luz do dia quando sua população aumenta tanto que a comida disponível acaba ficando insuficiente para alimentar a colônia toda.
Alimentação
A ratazana e o rato-de-telhado são muito desconfiados em relação a um alimento que vão ingerir: um novo alimento ou isca que é encontrado, ao longo da trilha que percorrem ou perto dela, é observado muito cuidadosamente. Assim, o rato desconfia e não devora o alimento, e sim espera que um rato que esteja mais esfomeado, ou que seja menos experiente, vá até o novo alimento ou isca e o devore. Caso não aconteça nada de anormal para o rato que comeu o alimento, o observador resolve também devorar o citado alimento ou isca. Caso surjam sinais de doença no rato mais esfomeado ou inexperiente, o observador evita o alimento. Além disso, ele parece que "comunica" esse fato a toda a colônia, pois todos os outros ratos passam a evitar o tal alimento!
O rato-de-telhado e a ratazana evitam todo e qualquer objeto e alimento estranhos. Estes alimentos ou objetos são tocados somente após alguns dias de permanência no local. Já o camundongo, pelo contrário, é muito curioso em relação a tudo o que é novo.
Vencida a desconfiança, o alimento passa a ser devorado. Quando este alimento não pode ser comido rapidamente ou está em lugar muito exposto, é retirado aos poucos e levado para um lugar apropriado, onde o rato possa devorá-lo em segurança. As fêmeas levam pequenas porções de alimento para os filhotes que estão no ninho.
Água
As necessidades de água variam conforme a espécie e com o tipo de alimentação. Os camundongos, como regra geral, precisam de pouca água. As ratazanas e os ratos-de-telhado precisam de mais água, principalmente se estão sempre devorando material seco, como cereais, por exemplo.
Comportamento social
Num grupo de ratos, há os indivíduos dominantes - machos e fêmeas mais fortes, que estão na idade mais apropriada para a reprodução - e os dominados - ratos muito jovens e muito velhos.
Os machos dominantes expulsam os outros machos das tocas, ocupam os melhores locais do território da colônia e alimentam-se quando querem. Já os dominados ocupam as áreas marginais no território e só se alimentam quando não há dominantes presentes. Entretanto, quando há um alimento novo no território (como uma isca isolada ou em ratoeira, por exemplo), o rato dominante espera que o rato dominado já tenha ingerido algumas porções. Se nada acontecer a ele, o rato dominante aproxima-se, expulsa o dominado, e ingere o alimento ou a isca. Por estes motivos, os chamados raticidas violentos, como estricnina, arsênico e vários outros, dão bons resultados somente no início. Isso acontece porque os ratos sobreviventes (geralmente os dominantes) rapidamente associam a ingestão da isca com a morte, e passam a não ingerir mais este alimento. É interessante observarmos, também, que esse comportamento é imitado por todos os ratos da colônia.
Onde há abundância de alimento, como nas granjas de aves, podem ocorrer duas ou três espécies de roedores, e elas podem conviver em relação pacífica. Mas onde há competição pelo alimento isso não acontece, e nesse caso ocorre no local apenas uma das três espécies.
Dinâmica populacional
Quando há a falta de alimento, os ratos passam a limitar sua população. Isso ocorre de várias maneiras, como através do canibalismo, da baixa fecundidade, da baixa fertilidade das fêmeas e da supressão de cios, só para citar alguns exemplos. Se há espaço e comida o suficiente, as colônias crescem sem problemas.
Os ratos vivem em colônias e combatem de maneira muito feroz qualquer outro rato que tente invadir seu território. O canibalismo é um hábito que não é raro entre os roedores: podem ser devorados os ratos doentes e machucados e ainda os filhotes de uma ninhada que pertence a outro grupo.
Um camundongo vive, em média, um ano. O rato-de-telhado vive cerca de um ano e meio e a ratazana pode chegar a viver até dois anos.
Ninhadas
No caso do rato-de-telhado, ao chegarem aos três meses de idade, tanto os machos como as fêmeas, já estão maduros para a reprodução. Suas ninhadas têm de 3 a 9 filhotes e há, geralmente, 3 a 4 ninhadas por ano. O período de gestação é de 28 dias.
A ratazana tem, em média, 8 filhotes por ninhada. O período de gestação, para esta espécie, é de 28 dias.
Já o camundongo tem cerca de 4 a 10 filhotes por ninhada. Por ano, os camundongos geram de 4 a 5 ninhadas, e o período de gestação desta espécie é de 21 dias.
Locomoção
Quando caminha, a ratazana deixa marcada no chão (na terra ou pó) uma linha contínua entre as suas pegadas: essa linha contínua é formada pela cauda, que sempre é arrastada no chão. No caso do rato-de-telhado não há essa linha, pois ele levanta a cauda enquanto caminha e, assim, não deixa esse sinal.
A locomoção é normal, isto é, os ratos andam. Mas em situações de perigo ou brigas entre si, podem correr. Além do mais, se houver necessidade, dão saltos de alturas surpreendentes! Os locais a serem atingidos pelos ratos quando saltam podem estar tanto no mesmo nível em que os ratos estavam anteriormente quanto em locais mais altos ou mais baixos.
Danos
As três espécies de rato causam prejuízos que, apesar de não serem muito bem calculados, são realmente grandes.
O rato-de-telhado prefere alimentar-se de cereais, mas, na falta deles, pode passar a devorar muitas outras coisas.
A ratazana alimenta-se de cereais, ovos, pintinhos, pequenos patos, coelhos, animais mortos, entre outras coisas.
E o camundongo alimenta-se simplesmente de tudo o que encontra nas despensas e cozinhas.
A ratazana e o rato-de-telhado comem grandes proporções de um mesmo alimento. Os camundongos, ao contrário, ingerem pequenos bocados de cada porção de alimento encontrado.
Muitos pensam que os ratos, no campo, limitam-se a atacar os produtos de origem vegetal já colhidos e armazenados. No entanto, eles devoram também sementes recém-semeadas e plantadas. Na verdade, muitas vezes, os danos nas plantações são feitos por roedores nativos.
Nas construções usadas para armazenagem e nas residências, além dos alimentos, os ratos danificam os cabos de telefone e provocam incêndios, pois roem as instalações elétricas. Estragam sacarias, roupas, livros, objetos de madeira, entre muitos outros. Além disso, podem contaminar os alimentos e a água com agentes causadores de doenças. Suas pulgas atacam o homem e podem também disseminar diversas doenças.
Habilidades físicas
O senso de equilíbrio é muito desenvolvido nos ratos. O rato-de-telhado é um equilibrista muito habilidoso. Atualmente, alguns construtores fazem casas à prova de ratos, mas não podemos dizer que isso seja fácil. Vejamos algumas das habilidades desses roedores:
Os ratos podem penetrar por qualquer abertura, desde que consigam passar a cabeça por ela;
Podem roer diversos materiais duros, como madeira, tijolos, chumbo, folhas finas de alumínio e até áreas cimentadas do tipo 3:1 (3 partes de areia e 1 de cimento);
Podem nadar de maneira muito habilidosa em locais abertos, em distâncias de até cerca de 800 m. Assim, podem até mesmo alcançar residências bem isoladas, ainda que cercadas de água;
Podem mergulhar e nadar submersos, por exemplo, dentro de um cano de esgoto e prender a respiração por quase 3 minutos! Dessa maneira, podem chegar a invadir residências pelo vaso sanitário;
Podem subir pelo interior de canos ou calhas verticais que medem de 4 a 10 cm de diâmetro, apoiando-se em suas pernas e costas;
Podem subir pelo exterior de canos ou calhas verticais que tenham até 9,5 cm de diâmetro. Para subir, abraçam-se aos condutores;
Podem cavar túneis na terra que atingem até 1,25 m de profundidade.
vDoenças Transmitidas pelos Ratos
Os ratos transmitem, de maneira direta ou indireta, diversos tipos de doenças ao ser humano.
Leptospirose
A Leptospirose é também conhecida como doença de Weil. Essa doença é causada por duas espécies de bactérias (Leptospira spp.). Essas bactérias ficam alojadas nos rins dos ratos e são soltas na sua urina. Quando ocorrem enchentes e esta urina se mistura à água, lama ou a alguns alimentos aquosos, as bactérias podem penetrar no homem pelas mucosas ou pela pele, íntegra ou principalmente se estiver com algum machucado.
Para evitar que ocorram enchentes, uma medida muito simples e eficiente, mas que ainda hoje não é 100% empregada pelas pessoas, é reduzir o volume de lixo produzido, e jogar o lixo em local adequado, evitando que ele vá entupir os bueiros e ajudar a causar enchentes.
No caso de ocorrer uma enchente, para evitar a Leptospirose é importante evitar o contato com água ou lama e impedir que crianças nadem ou brinquem em ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos.
Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (se isto não for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).
Também são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como o controle de roedores, que vamos detalhar mais adiante, obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto) e melhorias nas habitações humanas.
Se o contato com a água contaminada for inevitável, a única forma de reduzir riscos à saúde é permanecer o menor tempo possível em contato com essas águas. Se a enchente inundar as residências, após as águas baixarem será necessário lavar e desinfetar o chão, as paredes, os objetos caseiros e as roupas atingidas com água sanitária, na proporção de 4 xícaras de café deste produto para um balde de 20 litros de água. Depois, enxaguar o ambiente e objetos com água limpa. Todo alimento que teve contato com água contaminada deve ser jogado fora, pois pode transmitir a doença.
Também é importante limpar e desinfetar a caixa d’água com uma solução de água sanitária, da seguinte forma:
Esvazie e lave a caixa d’água, esfregando bem as paredes e o fundo;
Após acabar de limpar, adicione 1 litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água no reservatório;
Depois, abra a entrada principal da água e encha a caixa d’água com água limpa. Feche o registro depois que a caixa estiver cheia;
Após 30 minutos, abra as torneiras por alguns segundos para que essa água misturada com água sanitária entre na tubulação;
Aguarde uma hora e trinta minutos para que se faça a desinfecção;
Abra novamente as torneiras, para drenar toda a água. A água que sai pelas torneiras pode servir para a limpeza de chão e paredes.
Encha novamente a caixa com água limpa.
Peste bubônica
A peste bubônica é causada pela Yersinia pestis (ex-Pasteurella pestis), e é uma das doenças mais antigas que afligem a humanidade. É transmitida pela pulga-do-rato, Xenopsylla cheopsis. Também chamada de "peste negra" ou "morte negra", a peste bubônica matou milhões de pessoas na Europa e Ásia na Idade Média. Naquela época, o agente transmissor da doença vivia no rato-de-telhado. A peste bubônica foi uma doença terrível, mas hoje em dia não tem a mesma importância de antes. Apesar disso, continua matando pessoas na Índia, Paquistão, Bangladesh e até mesmo no Brasil, principalmente no Nordeste.
Tifo murino
O tifo murino também é conhecido como febre murina. É transmitido ao homem pela picada da pulga-do-rato infectada pela bactéria Rickettsia typhi.
Febre da mordida do rato
A febre da mordida do rato é transmitida pela mordida do rato, estando o rato infectado pelo Spirillum minus. Os ratos mordem principalmente crianças e idosos que estejam confinados às suas camas. A transmissão ocorre pela saliva do rato.
Triquinose
A triquinose é causada pela Trichinella spiralis. Os suínos ingerem as fezes ou cadáveres de ratos infectados, e o homem pode se contaminar pela ingestão de carne meio crua desses suínos. Por isso, a carne deve ser bem cozida ou assada, para matar as larvas de triquina.
Raiva
Hoje em dia, acredita-se que os roedores são incapazes de transmitir o vírus rábico.
Salmoneloses
As bactérias salmonelas causam envenenamentos alimentares, como graves gastroenterites. As ratazanas são muito incriminadas pela contaminação dos alimentos, principalmente por frequentarem ambientes com muita salmonela, como os esgotos. O homem adquire a doença ingerindo alimentos contaminados.
Sarnas e micoses
As sarnas e micoses são os efeitos da ação de ectoparasitos. Ocorrem no homem e nos animais. Os ratos disseminam mecanicamente esses agentes causadores.
Hantavirose
Os ratos também podem transmitir o hantavírus pela urina e saliva. O agente causa uma virose mortal.
Curiosidades
Ratos pelo mundo: amados e odiados!
Pelo mundo afora, os ratos não deixam de despertar sentimentos (os mais variados e inusitados!) nas pessoas. De acordo com a lei islâmica, o rato é uma figura impura e torna impuro tudo o que toca. Por isso, todas as representações do rato devem ser eliminadas.
Já na Índia, os ratos são considerados animais sagrados. No Templo Karni Mata, mais conhecido como “Templo dos Ratos”, os ratos sagrados são chamados de kabas. Há a crença de que os ratos são a casa das almas dos devotos da deusa Karni Mata, e neles permanecem até reencarnarem. Se você estiver visitando o templo e um rato passar por cima de seu pé (devidamente descalço, como em todo templo hindu), você será abençoado. E mais, se você avistar um rato albino (o que é muito difícil!), será duplamente abençoado, o que é considerado uma grande sorte! Também faz parte do ritual do templo dividir a comida sagrada como os numerosos kabas.
Rato velho vira morcego?! Elefante tem medo de rato?!
Estas espécies de lendas são muito populares e, com certeza, você já ouviu falar em alguma delas. Na verdade, elas não passam mesmo de lendas. Rato velho não vira morcego. Ratos são espécies definidas: nascem, crescem, se reproduzem, envelhecem e morrem e continuam sendo ratos! O mesmo acontece com os morcegos. Talvez a origem dessa lenda seja uma confusão de nomes: por exemplo, a palavra em alemão para morcego é flederme, que significa “camundongo voador”.
Dizer que elefante tem medo de rato também não faz sentido. Os elefantes adultos não têm predadores na natureza e, por isso, não se assustam por pouca coisa. Segundo a lenda, os ratos entrariam pela tromba dos elefantes, mas a tromba é tão ágil como uma mão humana, capaz de evitar esse ataque facilmente. Apesar disso, há quem acredite nessa história. E parece que ela vem de longe: o historiador romano Plínio, o Velho, escreveu, em sua enciclopédia da História Natural, que os elefantes têm tanto ‘ódio’ dos ratos que se recusam a comer o feno onde um roedor tenha passado!
Os ratos na ciência
Os ratos e cobaias estão entre os animais mais utilizados em experiências de laboratório. Um dos experimentos científicos mais interessantes é o que confirma: parasita faz rato perder medo de gato. Os cientistas descobriram que o parasita Toxoplasma gondii, o causador da toxoplasmose, faz os camundongos perderem um de seus maiores (se não for ‘o maior’) medos: o medo de felinos! Isto seria muito interessante para o parasita, pois ele só consegue se reproduzir no intestino dos bichanos. Ou seja, é muito interessante para o parasita que seu hospedeiro temporário (um rato ou camundongo) não tenha medo de gatos, para que possa ter maior chance de ser devorado por algum felino.
Ei, você me chamou de rato?!
Cuidado! Você pode ser processado por chamar uma pessoa sem caráter de rato! Aliás, Caetano Veloso poderia levar uma multa por gritar “você foi mó rata comigo” na canção “Rocks”... De fato, a palavra rato pode ter muitos outros significados além de “nome comum dado a roedor da família dos murídeos (...)”. Há significados que vão desde “trapaceiro”, “tratante” e “ladrão” até “pessoa que frequenta determinado local com assiduidade”. Quem já não ouviu falar nos “ratos de biblioteca”, ou “ratos de praia”? Mas, atenção: não vá ofender alguma beata chamando-a de rata de sacristia, hein!
Saiba Mais
MARICONI, F.A.M. Insetos e outros invasores de residências. Piracicaba: FEALQ, 1999. 460p.
PINTO, A. S.; ROSSI, M. M.; SALMERON, E. Manejo de Pragas Urbanas. 1. ed. Piracicaba: CP 2, 2007. 208 p.
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